Começando um negócio: qual tipo de nota fiscal preciso emitir?
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Decidir tirar o sonho de empreender do papel é sempre um grande passo. Mas, ao começar um negócio no Brasil, é preciso lidar com uma série de burocracias e obrigações fiscais para manter tudo em dia com o Fisco.
Uma das dúvidas mais comuns entre quem está começando é: qual tipo de nota fiscal devo emitir? Afinal, são muitas siglas e possibilidades — NF-e, NFC-e, NFS-e, além de documentos essenciais para o transporte de mercadorias entre cidades, como o CT-e e o DACT-e.
E agora? Como saber se você está emitindo corretamente?
Acompanhe este conteúdo e entenda de uma vez por todas quais as notas fiscais exigidas de acordo com o tipo de atividade da sua empresa!
Desmistificando notas fiscais: quando e como emitir cada uma delas?
A nota fiscal é o documento que formaliza uma venda ou prestação de serviço, registrando informações como o produto ou serviço vendido, o valor e os tributos envolvidos.
Ela é fundamental para a empresa, tanto para fins fiscais — como a comprovação de receitas e o pagamento de impostos — quanto para a organização e controle do negócio. Para o consumidor, representa um direito: garante proteção legal, além de possibilitar o acúmulo de créditos ou descontos em programas estaduais e municipais.
Por isso, toda venda ou prestação de serviço deve estar acompanhada da emissão de um documento fiscal, que registre oficialmente a operação.
NF-e: quem deve emitir?
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é o documento utilizado para registrar a circulação de mercadorias — especialmente em vendas de produtos físicos, sejam industrializados ou de revenda, realizadas em lojas físicas ou virtuais.
Sempre que uma venda é concretizada, a emissão da NF-e é obrigatória.
Por isso, toda empresa que comercializa produtos deve emitir a NF-e e seguir alguns requisitos para estar regularizada:
Estar credenciada na Secretaria da Fazenda (SEFAZ) do seu estado;
Ter uma assinatura digital (certificado digital);
Utilizar um sistema emissor conectado à SEFAZ para gerar e transmitir as notas.
Outro ponto importante é a Nota Fiscal de Entrada, que deve ser emitida quando mercadorias chegam ao estoque da empresa, como no caso de devoluções, compras ou transferências de produtos.

NFC-e: quem deve emitir?
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) também serve para registrar transações de compra e venda de produtos, mas é usada exclusivamente em vendas presenciais ou com entrega em domicílio ao consumidor final (pessoa física ou jurídica), em operações internas e sem geração de crédito de ICMS para o comprador.
Na prática, estabelecimentos de varejo, como farmácias, supermercados, lojas de roupas e conveniências, utilizam esse modelo de nota.
É importante destacar que a NFC-e é um documento 100% digital. O que o consumidor recebe junto com a mercadoria é o cupom fiscal, que facilita o controle das compras e o processo de trocas, quando necessário.
Portanto, todo comércio varejista deve emitir uma NFC-e a cada venda realizada ao consumidor final.
Confira também: Entenda o que é NFC-e, para que serve e quando emitir.
NFS-e: quem deve emitir?
A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) deve ser emitida sempre que uma empresa prestar um serviço com incidência de ISS (Imposto Sobre Serviços).
Esse documento formaliza e comprova a prestação de serviços e é uma exigência do município onde a atividade ocorre. Sua emissão pode ser feita diretamente pelo portal da prefeitura ou por meio de um emissor especializado, que se conecta com os sistemas da administração pública.
Devem emitir a NFS-e:
Pessoas físicas: prestadores de serviço inscritos no cadastro municipal também devem emitir a nota;
Pessoas jurídicas: todas as empresas prestadoras de serviço, incluindo os MEIs (Microempreendedores Individuais), são obrigadas a emitir a NFS-e.
Desde 1º de setembro de 2023, os MEIs prestadores de serviço passaram a ser obrigados a emitir a NFS-e pelo padrão nacional, independentemente da cidade onde atuam.
É importante reforçar que a emissão da NFS-e é obrigatória para todas as operações de prestação de serviços, independentemente do valor da transação ou do tipo de cliente.
NFA-e: quem deve emitir?
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) é destinada a pessoas físicas ou jurídicas que não são obrigadas a emitir notas fiscais eletrônicas de forma regular ou que não possuem inscrição estadual.
Ela é uma alternativa prática para formalizar operações esporádicas, sendo comum entre:
Pessoas físicas: como agricultores, produtores rurais sem CNPJ, autônomos e MEIs (em alguns estados), que precisam documentar uma venda ou prestação de serviço;
Pessoas jurídicas: empresas que não têm obrigação legal de emitir NF-e com frequência ou não possuem inscrição estadual;
Órgãos públicos: quando precisam formalizar a venda de produtos ou serviços;
Outras situações: como vendas em feiras e eventos, operações emergenciais ou atividades com baixo volume de emissão.
A NFA-e é uma solução útil para quem realiza operações pontuais, garantindo a emissão de um comprovante fiscal válido sem a necessidade de manter um sistema emissor ativo regularmente.
CT-e: quem deve emitir?
O Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) é um documento fiscal digital utilizado para registrar e acompanhar operações de transporte de cargas. Ele substitui os antigos conhecimentos de transporte em papel, trazendo mais agilidade, segurança e controle para o setor logístico.
Regulamentado pelo Sistema Nacional de Informações Econômicas e Fiscais (SINIEF), o CT-e é obrigatório para transportadoras e empresas que realizam transporte intermunicipal ou interestadual de mercadorias.
A emissão de CT-e garante que a operação esteja em conformidade com as exigências fiscais e facilita a fiscalização por parte dos órgãos competentes.

MDF-e: quem deve emitir?
O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) é um documento fiscal exigido de empresas de transporte de cargas e transportadores autônomos que realizam entregas com mais de um CT-e ou NF-e no mesmo veículo.
Ele é obrigatório nas operações interestaduais e, em alguns estados, também em operações intermunicipais, servindo para consolidar as informações de carga, veículo, motorista e documentos fiscais transportados.
Para que o MDF-e tenha validade legal, é necessário:
Que a empresa tenha um certificado digital válido para assinatura do documento;
Que o arquivo seja autorizado pela SEFAZ do estado de origem da carga antes do início do transporte.
A emissão do MDF-e é fundamental para garantir o controle fiscal durante o trajeto e evitar penalidades nas fiscalizações nas estradas.
Confira depois: Nota fiscal emitida errada? Confira como corrigir e evitar novos erros.
O que é necessário para emitir um documento fiscal?
Antes de tudo, é importante entender que o processo de emissão de documentos fiscais varia conforme a legislação de cada estado e município. Além disso, o tipo de atividade da empresa — se presta serviços ou comercializa produtos — também influencia diretamente nas exigências.
Mesmo com essas variações, de forma geral, os passos básicos para emitir uma nota fiscal eletrônica são os seguintes:
Identificar o tipo de nota fiscal que será emitido (de acordo com a atividade da empresa): NF-e, NFS-e, NFC-e, NFA-e, CT-e, entre outros;
Ter um CNPJ ativo — caso ainda não tenha, é necessário abrir formalmente o negócio junto à Receita Federal;
Realizar o cadastro da empresa na Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ) ou na Secretaria Municipal de Finanças, conforme o modelo de nota exigido;
Adquirir um Certificado Digital, necessário para assinar eletronicamente as notas e garantir a autenticidade do documento;
Utilizar um sistema emissor de nota fiscal, integrado à SEFAZ ou prefeitura, que permita gerar e transmitir os documentos de forma segura e regular.
Seguindo essas etapas, sua empresa estará pronta para emitir documentos fiscais eletrônicos de acordo com as normas vigentes.
Emitir documentos fiscais corretamente é uma das obrigações mais importantes para quem está começando um negócio — e entender qual tipo de nota utilizar em cada situação é essencial para manter a empresa em conformidade com o Fisco.
Seja você um prestador de serviço, um comerciante ou um transportador, contar com um sistema emissor confiável faz toda a diferença no dia a dia.
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