Quem é obrigado a emitir CT-e e o que acontece se não emitir?

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    Mulher de boné colando documento fiscal em uma caixa para o envio

    Todos os dias, milhares de produtos são transportados pelas rodovias do Brasil. Agora imagine se todas essas mercadorias circulassem sem nenhum documento para comprovar sua origem e destino. O caos, certo?

    Antes da digitalização, os motoristas precisavam carregar pilhas de papéis para identificar a carga durante o trajeto. Com o avanço da digitalização, esse processo foi modernizado e surgiu o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), documento fiscal obrigatório para registrar a prestação de serviços de transporte.

    Desde então, todas as empresas que atuam com transporte de cargas no Brasil devem emitir o CT-e para regularizar suas operações.

    Quer saber exatamente quem é obrigado a emitir esse documento e o que pode acontecer se ele não for emitido? Continue a leitura e entenda os detalhes!

    CT-e

    Afinal, quem  é obrigado a emitir CT-e?

    Todas as empresas que realizam transporte de cargas no território brasileiro são obrigadas a emitir o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), conforme determina a legislação tributária.

    Isso vale independentemente do porte da empresa: qualquer mercadoria transportada entre cidades ou estados precisa estar acompanhada dos documentos fiscais adequados, garantindo que a operação esteja dentro da lei.

    Além disso, é importante lembrar que qualquer um dos envolvidos na operação de transporte pode emitir o CT-e, desde que tenha os dados necessários. Veja quem pode ser responsável pela emissão:

    • Empresas de Transporte de Cargas (ETC);

    • Cooperativas de Transporte de Cargas (CTC);

    • Transportadores Autônomos de Cargas (TAC) ou equiparados;

    • Embarcadores de cargas (quem contrata o serviço de transporte);

    • Escritórios contábeis que prestam esse serviço.

    Outro ponto essencial é que a obrigatoriedade do CT-e também se aplica ao transporte próprio, ou seja, quando a empresa utiliza veículos próprios para transportar suas mercadorias.

    E vale destacar: o CT-e também é exigido em operações de transporte internacional de cargas.

    O que acontece se não emitir o CT-e?

    Como o CT-e é obrigatório para todas as atividades de transporte de cargas no Brasil, a ausência desse documento — ou sua emissão incorreta — pode gerar multas e penalidades fiscais para as empresas envolvidas na operação.

    Em outras palavras, transportar mercadorias sem CT-e é uma prática ilegal que pode trazer diversos riscos. Entre os principais problemas estão:

    • Falta de respaldo legal: sem o documento fiscal, a transportadora fica vulnerável a inadimplências, já que não há como comprovar a prestação do serviço.

    • Multas e sanções: a fiscalização pode aplicar multas por cada CT-e não emitido, além de penalidades por tentativas de sonegação.

    • Perda da cobertura do seguro: em casos de sinistro, como roubo de carga ou acidentes, a ausência do CT-e invalida a cobertura do seguro.

    Por isso, manter a emissão em dia é fundamental para garantir segurança jurídica, evitar prejuízos e manter a operação regularizada.

    Multas aplicáveis por falta de CT-e

    Deixar de emitir o CT-e ou utilizá-lo de forma incorreta pode gerar multas significativas e até sanções mais graves. Veja alguns exemplos de infrações que podem resultar em penalidades:

    • Emissão de CT-e sem operação real: emitir um documento fiscal sem que haja de fato o transporte de mercadorias pode gerar multa por irregularidade fiscal;

    • Uso de CT-e falso: utilizar um CT-e fraudulento para embarcar mercadorias pode levar a sanções fiscais e até penais;

    • Não emissão do CT-e: deixar de emitir o CT-e em operações onde ele é obrigatório configura infração e resulta em multa;

    • Erros no preenchimento: informar dados incorretos ou incompletos no CT-e também pode ser motivo de autuação;

    • Falta de autorização da SEFAZ: se o CT-e não for validado e autorizado pela Secretaria da Fazenda, a operação é considerada irregular e passível de multa.

    Além disso, é importante destacar que:

    • Os valores das multas variam de estado para estado;

    • As penalidades podem ser cumulativas, ou seja, se mais de uma infração for constatada, o valor total devido pode ser bastante elevado.

    Em resumo, emitir o CT-e corretamente não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de proteger a sua operação contra prejuízos fiscais e jurídicos.

    E quanto ao RNTRC?

    Mulher de boné conferindo documento no computador para enviar um pacote

    O RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga) é obrigatório para empresas e profissionais que realizam transporte rodoviário de cargas no Brasil. Ele é emitido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e é essencial tanto para a regularização da atividade quanto para a emissão do CT-e.

    Transportar mercadorias sem estar registrado no RNTRC configura uma infração fiscal, sujeita à penalidade conforme a legislação vigente.

    • A multa por falta de RNTRC pode chegar a R$ 10.000 por infração, dependendo da gravidade e das normas de cada estado.

    • Em alguns casos, a empresa também pode sofrer restrições operacionais ou sanções administrativas aplicadas pela ANTT.

    Ou seja, manter o RNTRC atualizado é tão importante quanto emitir corretamente o CT-e: ambos são fundamentais para garantir a legalidade e a segurança das operações de transporte.

    E se o CT-e estiver cancelado?

    Realizar uma viagem com um CT-e cancelado é uma infração grave e pode gerar consequências sérias para a transportadora. Entre as penalizações mais comuns estão:

    • Multas: aplicadas pela Secretaria da Fazenda do estado, variam conforme a legislação local e costumam ser elevadas;

    • Apreensão de mercadorias: a carga pode ser retida pela fiscalização, causando prejuízos e atrasos;

    • Problemas com clientes e fornecedores: atrasos na entrega e interrupções no transporte afetam diretamente a confiança nas relações comerciais;

    • Sanções de órgãos reguladores: como a ANTT, que pode aplicar penalidades adicionais;

    • Danos à reputação: operar de forma irregular prejudica a imagem da empresa no mercado.

    Em resumo, circular com um CT-e cancelado compromete toda a operação de transporte, podendo gerar multas, prejuízos financeiros e desgaste nas relações comerciais e institucionais.

    O que acontece se a empresa tentar burlar a fiscalização?

    A transportadora tem o dever de colaborar com a fiscalização da ANTT e demais órgãos reguladores, contribuindo para um transporte mais seguro, legal e organizado. Tentar burlar esse processo é uma infração séria e acarreta penalidades.

    Nesses casos, as consequências incluem:

    • Multa de R$ 5.000 por obstrução ou tentativa de fraude na fiscalização;

    • Cancelamento do RNTRC, impedindo a empresa de operar legalmente;

    • Multa de R$ 550,00 para quem não mantém o cadastro do RNTRC atualizado dentro do prazo estabelecido.

    Ou seja, além de multas, a empresa pode ser impedida de atuar formalmente, o que compromete toda a operação logística.

    Leia também: NFS-e ou CT-e: Quando emitir cada um desses documentos?

    Por que é importante emitir o CT-e?

    Mais do que uma obrigação legal, o CT-e é uma ferramenta essencial para garantir eficiência, segurança e transparência nas operações de transporte de cargas. Abaixo, você confere algumas das principais razões pelas quais o documento é indispensável:

    1. Registra todas as informações da carga

    O CT-e reúne os dados completos sobre o transporte: origem, destino, tipo e quantidade de mercadorias, valor da carga, dados do remetente e destinatário, informações do veículo, do transportador e da rota. Ou seja, é o documento que formaliza toda a operação.

    2. Reduz burocracia e custos

    Ao substituir os antigos documentos físicos, o CT-e simplifica o processo logístico e reduz custos administrativos. Tudo é feito de forma digital, o que agiliza a emissão, organização e consulta dos documentos.

    3. Aumenta a segurança no transporte

    Com o CT-e, as empresas têm mais controle e rastreabilidade das entregas. Isso permite acompanhar o trajeto da carga em tempo real, oferecendo mais segurança para o transportador e confiança para o cliente.

    Você sabe a diferença entre o CT-e e DACT-e? Confira depois!

    CT-e

    Como emitir o CT-e e não ter problemas com o Fisco?

    Para emitir o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de forma correta e evitar problemas com o Fisco, é importante seguir alguns requisitos básicos. Confira o passo a passo:

    1. Credenciamento na SEFAZ: a empresa precisa estar credenciada na Secretaria da Fazenda do estado onde está estabelecida;

    2. Certificado digital válido: é necessário ter um certificado digital emitido por uma Autoridade Certificadora credenciada à ICP-Brasil;

    3. Conexão com a internet: como o processo é totalmente online, o acesso à internet é indispensável;

    4. Sistema emissor de CT-e: utilizar um software adequado para gerar o documento;

    5. Homologação nas SEFAZ desejadas: verificar se o emissor utilizado é homologado para emitir CT-e nos estados em que a empresa atua;

    6. Autorização da SEFAZ: após preencher os dados, o sistema envia o CT-e à SEFAZ para validação e autorização.

    Cumprindo essas etapas, sua empresa estará apta a emitir o CT-e de forma regular, evitando multas e garantindo a legalidade da operação.

    Aproveite e confira também: Impactos da reforma tributária no transporte e no CT-e.

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    CT-e