NF-e Nacional: o que muda e como sua empresa deve se preparar

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    Pessoa emitindo uma NF-e no notebook em um escritório

    A partir de 2026, o Brasil começa a implementar um novo modelo de emissão de nota fiscal: a NF-e Nacional. Essa mudança faz parte do processo de simplificação fiscal da Reforma Tributária e promete transformar profundamente a forma como empresas emitem e controlam documentos fiscais no país.

    Se você emite NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) ou NFC-e (Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica), é hora de entender o que está por vir e como se preparar para as novas exigências

    Neste artigo, vamos explicar o que é a Nota Fiscal Nacional, como funcionará a emissão de NF-e nesse novo formato e o que sua empresa precisa fazer ainda em 2025 para garantir uma transição tranquila.

    O que é a NF-e Nacional?

    A NF-e Nacional é um novo modelo unificado de emissão de nota fiscal que vai substituir os atuais sistemas estaduais utilizados para emissão da NF-e (modelo 55) e NFC-e (modelo 65). A proposta é criar um padrão nacional de emissão fiscal, com regras e layout padronizados para todos os estados brasileiros.

    Esse novo modelo está sendo desenvolvido para ser compatível com os tributos criados pela reforma tributária, como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Ambos os tributos substituirão gradualmente o ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI, exigindo novas estruturas de dados nas notas fiscais.

    Confira depois: IBS, CBS e IS: como os novos tributos vão impactar a emissão de notas fiscais.

    Erros nunca mais

    Cronograma de implantação da Nova Nota Fiscal Nacional

    Uma das principais preocupações das empresas e contadores é com relação aos prazos de implementação das alterações previstas. Confira:

    • Julho de 2025: início da fase de testes da NF-e Nacional com empresas voluntárias, desenvolvedores de software e órgãos fiscais.

    • Janeiro de 2026: início da obrigatoriedade da nova emissão de NF-e em todo o país, em paralelo com os modelos atuais.

    • Até 2033: convivência entre os dois sistemas (modelo atual e Nota Fiscal Nacional) durante o período de transição da Reforma Tributária.

    Isso significa que, por alguns anos, sua empresa pode ter que emitir notas fiscais nos dois modelos, dependendo do tipo de operação e do regime tributário adotado.

    Quais são os impactos da NF-e Nacional para sua empresa?

    A implementação da NF-e Nacional exigirá uma reestruturação completa dos sistemas de gestão fiscal das empresas. Veja os principais impactos:

    1. Alterações no layout da nota fiscal

    A nova Nota Fiscal Nacional contará com campos específicos para o IBS e a CBS, além de outras informações necessárias para a apuração correta dos novos tributos. Empresas que não atualizarem seus sistemas correm o risco de sofrer rejeições na emissão de NF-e e enfrentar problemas com o Fisco.

    2. Atualização de sistemas emissores

    Seu sistema de emissão de nota fiscal precisará ser compatível com o novo modelo. Isso significa que será necessário atualizar o ERP ou emissor fiscal utilizado, além de revisar as regras de validação, cálculos e integrações com a SEFAZ.

    3. Treinamento da equipe

    As mudanças não são apenas técnicas. Equipes de faturamento, contabilidade e TI precisarão entender as novas exigências e como operar com os dois modelos de emissão de NF-e durante o período de transição.

    4. Planejamento tributário e financeiro

    A reforma traz uma nova lógica de cálculo de impostos e a Nota Fiscal Nacional será o documento base para essa apuração. Sua empresa precisará rever estratégias de precificação, margem de lucro e regime tributário para evitar surpresas com a carga fiscal.

    NF-e Nacional e o Simples Nacional: o que muda?

    Empresas do Simples Nacional e MEIs também serão afetadas pela nova estrutura da NF-e Nacional. A boa notícia é que essas categorias terão um prazo maior para adaptação.

    Em 2026, MEIs e empresas do Simples estarão dispensadas de preencher os campos relacionados ao IBS e CBS. A obrigatoriedade para esses contribuintes só entra em vigor a partir de janeiro de 2027, o que dá mais tempo para ajustar os sistemas e capacitar as equipes.

    Aproveite e fique por dentro do que muda no Simples Nacional com a reforma tributária.

    Regras específicas em 2026

    A principal novidade é que, durante todo o ano de 2026, MEIs (CRT 4) e empresas do Simples Nacional (CRT 1) não serão obrigados a preencher os campos do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) na NF-e e NFC-e.

    Essa obrigatoriedade começa somente em 4 de janeiro de 2027, conforme previsto na Lei Complementar nº 214/2025.

    Esse prazo extra representa um alívio operacional para os pequenos negócios, que ganharão mais tempo para se adaptar às novas exigências fiscais.

    MEI

    Novos tipos de débito e nota fiscal com pagamento antecipado

    Outra mudança importante da NT 2025/002 é a criação de dois novos tipos de débito:

    • 06 – Pagamento antecipado

    • 07 – Perda em estoque

    Essas classificações deverão ser usadas quando a nota fiscal for emitida com a finalidade “nota de débito”. Isso permitirá uma descrição mais precisa das operações realizadas, evitando problemas de classificação tributária.

    Criação de grupo específico para antecipação de pagamento

    Também foi criado um novo grupo de informações para operações em que há pagamento antecipado, antes da entrega da mercadoria ou prestação do serviço.

    Essa medida traz mais clareza e rastreabilidade para as transações, especialmente em vendas com entrega futura ou operações financeiras parceladas.

    Além disso, será necessário registrar um evento chamado “Não ocorrência de fornecimento com pagamento antecipado”, quando o produto ou serviço ainda não tiver sido entregue mesmo após o recebimento.

    Antecipação é o segredo para evitar problemas

    Apesar do prazo de convivência entre os modelos ir até 2033, especialistas alertam que quem deixar para se adaptar em cima da hora corre o risco de enfrentar: 

    • Notas rejeitadas por não estarem no novo padrão;

    • Multas por não cumprimento das obrigações fiscais;

    • Prejuízos operacionais por falhas nos sistemas ou retrabalho;

    • Dificuldades para apurar corretamente os novos tributos.

    Como sua empresa deve se preparar?

    A seguir, algumas ações práticas para garantir uma transição segura para a NF-e Nacional:

    • Converse com seu contador sobre os impactos da reforma e a adequação à nova nota fiscal;

    • Verifique com seu fornecedor de emissor fiscal se o sistema já está sendo preparado para o novo modelo;

    • Atualize a base de dados de produtos, CFOPs e tributações conforme as exigências da nova nota;

    • Capacite a equipe de emissão de nota fiscal e contabilidade para lidar com os dois modelos;

    • Reveja os contratos de venda com entrega futura e operações de antecipação de pagamentos;

    • Participe da fase de testes a partir de julho de 2025, se possível, para identificar falhas antes da obrigatoriedade.

    Você já se perguntou se a reforma tributária aumenta ou diminui impostos? Confira a opinião de especialistas aqui no blog da Treeunfe.

    Conte com a Treeunfe para a emissão de NF-e Nacional em 2026

    A NFe Nacional representa um passo importante na modernização da estrutura fiscal brasileira. Ela exigirá um novo olhar sobre os processos internos das empresas, especialmente no que diz respeito à emissão de nota fiscal, compliance e controle tributário.

    Se sua empresa ainda não começou a se preparar, o momento é agora. A reforma tributária está em curso e a NF-e Nacional será a base de toda a nova estrutura de arrecadação no país.

    Os emissores Treeunfe já estão sendo atualizados para atender às novas exigências da NF-e Nacional e às mudanças trazidas pela reforma. 

    Nossa equipe técnica está acompanhando de perto todas as publicações oficiais para garantir que as empresas que utilizam nossas soluções possam emitir suas notas com segurança, praticidade e em conformidade com o novo modelo fiscal. 

    Além disso, continuamos investindo em inovações que facilitam o dia a dia das empresas, como emissão integrada de boletos, automação de processos e relatórios inteligentes. 

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